quinta-feira, 25 de outubro de 2012

REFLEXÃO
Receita de viver


Viver é expandir, é iluminar. Viver é derrubar barreiras entre os homens e o mundo. Compreender. Saber que, muitas vezes, nossa jaula somos nós mesmos, que vivemos polindo as nossas grades, ao invés delas nos libertarmos.
Procuro descobrir nos outros sua dimensão universal, única. Sou coletivo. Tenho o mundo dentro de mim. Um profundo respeito humano. Um enorme respeito à vida. Acredito nos homens. Até nos vigaristas. Procuro desenvolver um sentido de identificação com o resto da humanidade. Não nado em piscina se tenho o mar. Por respeito a cada ser humano em todos os cantos da terra, e por gostar de gente — gostar de gostar — é que encontro em cada indivíduo o reflexo do Universo.
As pessoas chamam de amor ao amor-próprio. Chamam de amor ao sexo. Chamam de amor a uma porção de coisas que não são amor. Enquanto a humanidade não definir o amor, enquanto não perceber que o amor é algo que
independe da posse, do egocentrismo, da planificação, do medo de perder, da necessidade de ser correspondido, o amor não será amor.
A gente só é o que faz aos outros. Somos conseqüências dessa ação. Não fazer… me deixa extenuado.
Talvez a coisa mais importante da vida seja não vencer na vida, não se realizar.
O homem deve viver se realizando.
O realizado botou ponto final.
Não podemos viver, permanentemente, grandes momentos. Mas podemos cultivar sua expectativa.
Acredito em milagre. Nada mais miraculoso que a realidade de cada instante.
Acredito no sobrenatural. O sobrenatural seria o natural mal explicado, se o natural tivesse explicação.
Enquanto o homem não marcar um encontro consigo mesmo, verá o mundo com prisma deformado. E construirá um mundo em que a lua terá prioridade. Um mundo mais lua do que luar…
Pedro Bloch
Uma Flor rara
Havia uma jovem muito rica, que tinha tudo: um marido maravilhoso, filhos perfeitos, um emprego que lhe pagava muitíssimo bem e uma família unida.
O estranho é que ela não conseguia conciliar tudo isso. O trabalho e os afazeres lhe ocupavam todo o tempo, e pouco sobrava para a família.
Um dia, seu pai, um homem muito sábio, deu a ela uma flor muito cara e raríssima, da qual havia apenas um único exemplar em todo o mundo. E disse a ela:
- Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que você imagina! Você terá apenas de regá-la e podá-la de vez em quando, às vezes conversar um pouquinho com ela, e ela dará em troca esse perfume maravilhoso e essas lindas cores.
A jovem ficou muito emocionada, afinal a flor era de uma beleza sem igual. Mas o tempo foi passando, o trabalho consumia todo o seu tempo e a sua vida, não permitindo que ela sequer cuidasse da flor. De volta à sua casa, ela olhava a flor, que ainda estava lá, não mostrando sinal de fraqueza ou morte. Apenas estava lá, linda, perfumada. Então ela passava direto.
Até que um dia, mal entrara em sua casa, a jovem leva um susto! Sem mais nem menos, a flor morreu. Suas pétalas estavam murchas e escuras, suas folhas, ressecadas. A jovem chorou muito e contou a seu pai o que havia acontecido.
Seu pai então respondeu:
- Eu já imaginava que isso aconteceria e não posso te dar outra flor, porque não existe outra igual a essa. Ela era única, assim como seus filhos, seu marido e sua família. A relação com as pessoas que nos amam é como a flor: você deve aprender a cultivá-la, dar atenção a ela.
Assim como a flor, os sentimentos também morrem. Você se acostumou a ver a flor sempre lá, sempre colorida, sempre perfumada, e se esqueceu de cuidar dela. Cuide das pessoas que você ama!
 Autor(a) da mensagem: Desconhecido


Girassóis e Miosótis
O girassol é flor raçuda, que enfrenta até a mais violenta intempérie acaba sobrevivendo. Ela quer luz e espaço e em busca desses objetivos, seu corpo se contorce o dia inteiro. O girassol aprendeu a viver com o sole por isso é forte. Já o miosótis é plantinha linda, mas que exige muito mais cuidado. Gosta mais de estufa.
O girassol se vira... e como se vira! O miosótis quando se vira, vira errado. Precisa de atenção redobrada. Há filhos girassóis e filhos miosótis. Os primeiros resistem a qualquer crise: descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda.
 As mães chegam a reclamar da independência desses meninos e meninas, tal a sua capacidade de enfrentar problemas e sair-se bem. Por outro lado, há filhos e filhas miosótis, que sempre precisam de atenção.
Todo cuidado é pouco diante deles. Reage desmesuradamente, melindram-se, são mais egoístas que os demais, ou às vezes, mais generosos e ao mesmo tempo tímidos, caladões, encurralados.
Eles estão sempre precisando de cuidados. O papel dos Pais é o mesmo do jardineiro que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa.
De qualquer modo fique atento. Não abandone demais os seus girassóis porque eles também precisam de carinho... E não proteja demais os seus miosótis.
As rédeas permanecem com vocês... Mas também a tesoura e o regador. Não negue, mas não dêem tudo que querem: a falta e o excesso de cuidados matam a planta...
                           Autor Desconhecido

A Lição da Borboleta
Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo, um homem sentou e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais longe. Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha asas amassadas.O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo.
Nada aconteceu na verdade, a borboleta passou o resta da sua vida rasteando o comum corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.
Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar. Eu pedi Força... e Deus me deu Dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi Sabedoria... e Deus me deu problemas para resolver.
Eu pedi Prosperidade... e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem... e Deus me deu perigo para superar. Eu pedi Amor... E Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar. Eu pedi Favores... e Deus me deu Oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi... Mas eu recebi tudo do que precisava.
Autor(a) da mensagem: não conheço
 Maneira de amar

O jardineiro conversava com as flores e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.
Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na devida ocasião.
O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mando-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.
Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. "Você o tratava mal, agora está arrependido?" "Não, respondeu, estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava". 
 Carlos Drummond de Andrade
O Pardal e a Águia


O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia. Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer. Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser. Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza…
Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente. Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro.
Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o. Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta.
A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe: Por que estás a me vigiar, Andala? Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.
E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas? Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho… – O pardal suspirou olhando para o chão… E disse: Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar.
  Autor desconhecido
Pontes

Dois irmãos, que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas agora tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramenta de carpinteiro na mão. - Estou procurando trabalho, disse ele. Talvez você tenha algum serviço para mim.
- Sim, disse o fazendeiro. Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho. Na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois a use para construir uma cerca bem alta.
- Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a madeira e os pregos.
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade.
O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez da cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo de que lhe contei. No entanto, ao olhar novamente para a ponte, viu o seu irmão se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. O carpinteiro que fez o trabalho já ia partindo com sua caixa de ferramentas.
- Espere, fique conosco!
E o carpinteiro respondeu: 
  - Eu adoraria, mas tenhooutas pontes a construir.
Autor desconhecido
A Lição do Jardineiro
Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por tradição em sua frente um lindo gramado e diversos jardineiros autônomos para fazer aparos nestes jardins.
Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa americana contratou um destes jardineiros. Chegando em sua casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 13 anos de idade, mas como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço, mesmo estando indignado com a pouca idade em questão.
Quando o garoto já havia terminado o serviço, solicitou ao executivo a permissão para utilizar o telefone da casa, e foi prontamente atendido.
Contudo, o executivo não pode deixar de ouvir a conversa. O garoto havia ligado para uma senhora e perguntava:
- A senhora está precisando de um jardineiro?
- Não. Eu já tenho um - respondeu.
- Mas além de aparar, eu também tiro o lixo.
- Isso o meu jardineiro também faz.
- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço - disse ele.
- Mas o meu jardineiro também faz isso...
- Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
- O meu jardineiro também me atende prontamente!
- O meu preço é um dos melhores.
- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
Desligando o telefone, o executivo disse a ele:
- Meu rapaz, você perdeu um cliente.
- Não - respondeu o garoto. - Eu sou o jardineiro dela; estava medindo o quanto ela estava 
 satisfeita.
Autor desconhecido 

Torne-se um lago 

O velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse. "Qual é o gosto?", perguntou o Mestre. "Ruim", disse o aprendiz. O mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse: "Beba um pouco dessa água".Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o mestre perguntou:"Qual é o gosto?""Bom!" disse o rapaz. "Você sente gosto do sal?", perguntou o mestre. "Não", disse o jovem. O mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse: "A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo. Torne-se um lago"
Autor desconhecido
Atire a primeira flor
Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo; Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada; Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso; talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem; Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se; Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo; Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte bem o que se passa, talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja; Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se, primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último; Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la; quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor; Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave; Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção e primeiro abrigo. Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento. Não atire a primeira pedra em quem erra. De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, aplauda o erro; dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora; Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu; sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido; Seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém; Quando tudo for espinho, atire a primeira flor; seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita, que o entendimento reconstrói. Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.
Glácia daibert
   A Face de Deus

Quando a curiosidade desperta no âmago do ser humano, não há respostas suficientes para aquietar a dúvida.

Numa quinta-feira de manhã, na disciplina de educação religiosa, um aluno muito sabido espicha o braço esquerdo mais alto que pode. Pergunta a professora, ao vê-lo:
- Sim, Arthur, qual é a sua dúvida?

-Professora, desconheço a face de Deus, como posso descrevê-lo?

A professora que fica sem ação por tal questionamento sugere que cada aluno faça uma dissertação a respeito do assunto, e que apresente na próxima aula.
Na aula seguinte, a professora entra na sala de aula já ansiosa, visualiza todos os alunos e pede que o Arthur se apresente frente à turma, que leia a sua dissertação.
Arthur todo envergonhado e não podendo negar a solicitação da professora, se levanta. Vai até a frente da classe e começa a ler. Todos os alunos ficam quietos e admirados com o texto apresentado. Ao chegar ao final da leitura, Arthur conclui:

- Entre tantas faces humanas, é preciso acreditar no amor e na sabedoria de Deus. Deus nos compreende, perdoa, está sempre ao nosso lado nos momentos alegres e tristes. No entanto, Deus só deseja que amemos uns aos outros. A face de Deus é o Amor, e a face do amor é Deus. Ambos andam juntos, “porque Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele acredita não morra, mas tenha vida eterna” (BÍBLIA Sagrada. João, 3:16).

Graciele Gessner.


O Coração Roubado
Eu cursava o último ano do primário e como já estava com o diplominha garantido, meu pai me deu um presente muito cobiçado: O coração, famoso livro do escritor italiano Edmondo de Amicis, best-seller mundial do gênero infanto-juvenil. Na página de abertura lá estava a dedicatória do velho, com sua inconfundível letra esparramada. Como todos os garotos da época, apaixonei-me por aquela obra-prima e tanto que a levava ao grupo escolar da Barra Funda para reler trechos no recreio.
Justamente no último dia de aula, o das despedidas, depois da festinha de formatura, voltei para a classe a fim de reunir meus cadernos e objetos escolares, antes do adeus. Mas onde estava O coração? Onde? Desaparecera. Tremendo choque. Algum colega na certa o furtara. Não teria coragem de aparecer em casa sem ele. Ia informar à diretoria quando, passando pelas carteiras, vi a lombada do livro, bem escondido sob uma pasta escolar. Mas... era lá que se sentava o Plínio, não era? Plínio, o primeiro da classe em aplicação e comportamento, o exemplo para todos nós. Inclusive o mais limpinho, o mais bem penteadinho, o mais tudo. Confesso, hesitei. Desmascarar um ídolo? Podia ser até que não acreditassem em mim. Muitos invejavam o Plínio. Peguei o exemplar e o guardei em minha pasta. Caladão. Sem revelar a ninguém o acontecido. [...]
Passados muitos anos reconheci o retrato de Plínio num jornal. Advogado, fazia rápida carreira na Justiça. Recebia cumprimentos. Brrr. Magistrado de futuro o tal que furtara meu presente de fim de ano! [...]
Quando o desembargador Plínio já estava aposentado, mudei-me para meu endereço atual. Durante a mudança alguns livros despencaram de uma estante improvisada. Um deles O coração, de Amicis. Saudades. Havia quantos anos não o abria? Quarenta ou mais? Lembrei da dedicatória de meu falecido pai. Ele tinha boa letra. Procurei-a na página de rosto. Não a encontrei. Teria a tinta se apagado? Na página seguinte havia uma dedicatória. Mas não reconheci a caligrafia paterna.
“Ao meu querido filho Plínio, com todo amor e carinho de seu pai.”            
Marcos Rey
                                           
 O alpinista
 
Esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu depois de muitos anos de preparação escalar o Aconcágua. Mas ele queria a glória somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade. Começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, e por que não havia se preparado para acampar, resolveu seguir a escalada decidido a atingir o topo. Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar uma palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada! Tudo era escuridão. Zero de visibilidade. Não havia Lua e as estrelas estavam coberta pelas nuvens. Subindo por uma "parede" a apenas 100 m. do topo ele escorregou e caiu ... Caia a uma velocidade vertiginosa. Somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na mesma escuridão, e sentia a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo ... e nesses angustiantes momentos passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que já havia vivido em sua vida. De repente ele sentiu um puxão forte, que quase o partiu pela metade. Shack!...Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura. Nesses momentos de silêncio suspendido pelos ares na completa escuridão, não havia nada a fazer a não ser gritar:
- Ó meu Deus me ajude! De repente uma voz grave e profunda vinda dos céus respondeu:

- O que você quer de mim meu filho?
- Me salve meu Deus por favor?
- Você realmente acredita que eu possa te salvar?
- Eu tenho certeza meu Deus!
- Então, corte a corda que te mantém pendurado ... Ouve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso morreria...
Conta o pessoal de resgate que ao realizar as buscas encontrou um alpinista congelado, morto, agarrado com força com suas duas mãos a uma corda...a somente meio metro do chão ...
"Por vezes nos agarramos as nossas velhas cordas que nos mantém seguros, porém ter fé é arriscar-se a perder total controle sobre a própria vida confiando-a ao Pai. Que possamos todos entregar-nos e viver plenamente na confiança de que existe Aquele que está sempre ao nosso lado a nos suportar, mesmo que nossa corda arrebente.
Graciele Gessner.



HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!
A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.
Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes.
Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe...
Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"
Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.
Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!
Infelicidade, talvez seja o contrário.
O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!
Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.
Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...
Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.
Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam...
Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...
Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...
Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...
Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.
Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.
Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.
Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.
Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...
A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."
Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.
Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.
Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)
Padre Fábio de Melo

A  flor  e  a  borboleta

Certa vez, um homem pediu a Deus uma flor... e uma borboleta. Mas Deus lhe deu um cacto... e uma lagarta. O homem ficou triste pois não entendeu o porque do seu pedido vir errado.

Daí pensou: Também, com tanta gente para atender... E resolveu não questionar. Passado algum tempo, o homem foi verificar o pedido que deixara esquecido.
Para sua surpresa, do espinhoso e feio cacto havia nascido a mais bela das flores. E a horrível lagarta transformara-se em uma belíssima borboleta.
Deus sempre age certo.

O Seu caminho é o melhor, mesmo que aos nossos olhos pareça estar dando tudo errado. Se você pediu a Deus uma coisa e recebeu outra, confie.

Tenha a certeza de que Ele sempre dá o que você precisa, no momento certo. Nem sempre o que você deseja... é o que você precisa.

Como Ele nunca erra na entrega de seus pedidos, siga em frente sem murmurar ou duvidar.

O espinho de hoje... será a flor de amanhã !
  
Autor desconhecido

O velho e seu neto  

Era uma vez um velho muito velho, quase cego e surdo, com os joelhos tremendo. Quando se sentava à mesa para comer mal conseguia segurar a a colher. Derramava sopa na toalha e, quando afinal, acertava a boca, deixava sempre cair um bocado pelos cantos.
O filho e a nora achavam aquilo uma porcaria e ficavam com nojo. Finalmente, acabaram fazendo o velho se sentar num canto atrás do fogão. Levavam comida para ele numa tigela de barro e, o que é pior, nem lhe davam o bastante.
O velho olhava para  a mesa com os olhos compridos, muitas vezes cheios de lágrimas.
 Um dia, sua mãos tremeram tanto, que ele deixou a tigela cair no chão, se quebrando. A mulher ralhou com ele, que não disse nada. Só suspirou.
Depois ela comprou uma gamela de madeira bem baratinha, era ali que ele tinha de comer.
Um dia, estavam todos assentados na cozinha, o neto, de quatro anos, estava brincando com uns pedaços de pau.
_  O que é que está fazendo?, perguntou o pai.
O menino respondeu:
_ "Estou fazendo um cocho, para papai e mamãe poderem comer quando eu crescer".
O marido e a mulher se olharam durante algum tempo e caíram no choro. Depois disso, trouxeram o avô de volta à mesa. Desde então, passaram a comer todos juntos e, mesmo quando o velho derramava alguma coisa, ninguém dizia nada.
Conto de irmãos Grimm,
 citado em "O livro da virtudes", 




Adoro a sua visita!


 


6 comentários:

  1. Maria passo aqui amanhã pra te dar aquela dica que você pediu.

    Um abraço.

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  2. Oi Maria, passando para te dizer que vamos fazer o cabeçalho e escrever o nome para você.
    Ah! vai estar postado no nosso blog de teste http://testesprolilas.blogspot.com.br/ e lá daremos as dicas de instalação para você.
    Um abraço.

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  3. Ok, Nilse e João!
    Ficarei muito grata. Vocês são muito legais.
    Um abraço

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  4. Oi Maria, passando para uma visitinha.
    Ficou lindo, parabéns.
    Muitas músicas bonitas.

    Um abraço

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  5. Oi Nilse e João, obrigada por tudo.
    Gostei demais deste novo visual.
    Um grande abraço.

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